Para algumas pessoas, os pneus são apenas uma borracha preta que envolve a roda, traz o nome da fabricante e algumas inscrições. Mas para os mais atentos e apaixonados por carro, um pneu pode dizer muito sobre um carro e seu estado de conservação.
Com isso em mente, nós desenvolvemos um pequeno guia de como ler corretamente as informações no pneu, e outras dicas a respeito dos cuidados com esses itens tão importantes dos nossos carros.
- Siga as recomendações do fabricante:
Sempre verifique o manual do proprietário para consultar quais são as especificações certas para o pneu e roda. Caso você decida trocar por outro modelo, ou tamanho consulte o manual e veja qual é a recomendação da montadora.
- Não poupe na hora da compra:
Pode soar meio clichê, mas não poupe grana na hora de trocar de pneu. Um pneu mais barato pode até fazer uma diferença no seu orçamento, mas provavelmente ele terá uma durabilidade bem menor do que o pneu de marca conhecida, fora que isso ainda implica na autonomia, consumo de combustível e outros fatores.
Além disso, assim como nos eletrodomésticos, os pneus agora contam com etiquetas que os classificam pelos seguintes parâmetros: resistência ao rolamento, que interfere em sua eficiência energética e ação no consumo de combustível, aderência no molhado e nível de rumor. As classificações vão de A (melhor) a G (pior).
Além disso, alguns pneus têm em suas etiquetas o parâmetro da durabilidade. Esse quesito varia de 60 a 680. O padrão é 100. Qualquer coisa acima disso mostra um pneu mais resistente que o padrão. Abaixo de 100, um pneu de desgaste mais rápido.
Além de Treadwear, há pneus também com o código Traction, que indicam a aderência. As notas começam em AA (a melhor aderência) e seguem por A, B e C, a nota mínima exigida para a venda do pneu. Ainda que não seja completa, a etiqueta é uma referência. Não deixe de analisá-la.
- Como ler as inscrições dos pneus?
Se por exemplo, seu pneu estiver escrito: P 225/55 R 17 97 W
A primeira letra inscrita no pneu se refere ao tipo de veículo para o qual ele é indicado. P é de Passenger Car, ou carro de passeio. Há também LT – Light Truck, picape leve, ST – Special Trailer, para trailers especiais e T – Temporary, para estepes temporários.
O primeiro número é a largura do pneu em milímetros – 225 mm. O segundo, a série ou a relação em porcentagem entre a largura e altura da parede (55% da largura, no caso). O “R” significa radial. O valor a seguir é o diâmetro exterior da roda em polegadas – 17 nesse caso.
O número seguinte é o índice de carga – ele varia de acordo com o veículo: um SUV tem um índice de carga muito maior do que um sedã equivalente. Ele representa o peso que os pneus podem suportar. A última letra é o índice de velocidade – W, até 270 km/h – ou seja, a velocidade que o pneu permite atingir com segurança.
Tanto no caso do índice de carga quanto no de velocidade, não se deve utilizar um pneu com índices inferiores aos recomendados pelo fabricante do veículo, pois assim, você corre o risco de ficar sem os pneus ao usar o carro acima das condições que eles permitem. Muita gente faz isso por conta dos preços mais baixos de pneus inferiores, mas isso é um tremendo erro.
Abaixo, confira as tabelas dos índices de carga e de velocidade:
- Outras especificações
Fora essa sopa de letras e números, ainda é possível ler nas laterais dos pneus informações importantes, como por quem, onde e quando foi fabricado. Uma dessas informações, é o código DOT – Department of Transportation, dos EUA – que revela quem é o fabricante.
Os números finais são uma indicação da semana – os dois primeiros – e do ano de produção. Assim, um pneu 4015 foi feito na 40ª semana de 2015. Quanto mais novo for o pneu, melhor, evite sempre que possível pneus com mais de 5 anos de fabricação.
** Assim como qualquer outra parte do automóvel, os pneus devem receber manutenção periódica de acordo com as instruções do manual do proprietário. Procure sempre por peças originais e leve seu veículo em centros especializados para a manutenção preventiva. **
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