Você já deve ter ouvido falar do movimento “downsizing” da indústria automobilística. Em poucas palavras, trata-se de um estratégia de reduzir o tamanho dos motores agregando tecnologias que compensam o menor volume dos cilindros. Quem não se lembra que sinônimo de potência e torque era ter ao menos um motor 1.8 quando não 2.0 ou mais?
Pois hoje convivemos com motores 1.0 com potência específica (quando dividimos a potência nominal pelo volume) bastante alta e o mais surpreendente: eles muitas vezes têm 3 cilindros em vez de 4. Está aí algo que deve ter feito muita gente pensar como 3 cilindros podem ser melhores que os 4 cilindros. Mas são e por uma razão até que simples.
Como possuem pistões e cilindros maiores eles reduzem o atrito além de possuírem menos peças por conta do cilindro a menos. E com menos atrito temos menos perda de energia, cerca de 15% de ganho. De quebra, motores com 3 cilindros são mais leves e geram menos calor o que compensa justamente um ponto crítico de motores de baixa cilindrada, o torque inferior.
Claro que não há ganho sem alguma desvantagem e ela está no ruído estranho que muito comparam com batedeiras ou liquidificadores. E também na vibração, afinal com 3 cilindros há um inevitável desequilíbrio no funcionamento causado pela subida de dois pistões e a descida de um e vice-versa.
Felizmente, a indústria automobilística soube compensar isso com um melhor amortecimento do motor por coxins e também num isolamento acústico mais apurado. Com isso hoje não há como um 4 cilindros encarar um 3 cilindros. Eles estão nos populares, mas também em carros como o Golf e o SUV EcoSport. Ou seja, vieram para ficar.
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