Em muitos casos, a sabedoria popular costuma nos dar importante lições em vários assuntos. Mas nem sempre é assim. No meio automobilístico, por exemplo, é comum ver a prática do rodízio de pneus. Como a maior parte dos carros hoje tem tração dianteira é normal que os dois pneus da frente se desgastem mais que os traseiros. Daí vem a recomendação conhecida de trocá-los para equilibrar o desgaste.
Mas, acredite, nem sempre essa prática é de fato válida, dependendo do fabricante. Há carros, inclusive, em que as montadoras nem recomendam o rodízio. O Cesvi Brasil, entidade de segurança viária publicou recentemente uma série de informações a respeito do assunto.
Segundo ele, o rodízio deve ser feito com pouco tempo de uso dos pneus e não quando já há uma diferença gritante: “o certo é fazer o rodízio quando essa diferença não for evidente”, recomenda. A razão é que se os pneus estão num estado muito distante o conjunto perderá eficiência e equilíbrio mesmo com a troca.
Em certos casos, diz o Cesvi, é até mais indicado comprar pneus novos em vez de partir para o rodízio. E aí uma surpresa: nada de trocar os pneus dianteiros pelos novos. O correto é colocar os pneus traseiros, mais conservados, na frente, e instalar os novos atrás: “em situações de emergência, os pneus traseiros são os grandes responsáveis pela estabilidade do veículo, devendo estar em boas condições de uso”, explica.
Carros que “perdem” a dianteira são mais fáceis de controlar caso tenham bons pneus no eixo traseiro. Já quando se “sai de traseira”, se os pneus estiverem muito gastos ele acabará rodando, um risco enorme de acidente.
Antes de tudo, é fundamental conservar os pneus em bom estado para evitar um desgaste prematuro. Um dos segredos é deixá-los sempre corretamente calibrados: na Jocar você encontra a bomba para calibrar pneus que pode ser usada em casa.
O Cesvi indica algumas alternativas para veículos que não possuem recomendação a respeito no manual. Confira:
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