O espelho retrovisor é um recurso de segurança dos automóveis muito antigo mas, acredite, somente há poucos anos ele foi levado mais a sério pela legislação no Brasil. Os mais antigos lembrarão, por exemplo, que o espelho da porta direita não era obrigatório há algumas décadas – espelho convexos, então, eram raridade há pouco tempo.
Felizmente, hoje qualquer carro sai de fábrica com um conjunto mais eficiente e certos modelos contam com sistemas como o “antiofuscante”, também chamado de eletrocrômico que absorve a luz refletida no espelho para evitar o incômodo ao motorista.
As grandes novidades nesse sentido, no entanto, estão nas câmeras e sensores que passaram a ajudar a evitar o grande problema dos espelhos, o ponto cego. A Honda, por exemplo, trouxe o novo CR-V com o sistema LaneWatch que consiste de uma câmera colocada abaixo do retrovisor direito e que projeta uma imagem na central multimídia muito mais ampla que a do espelho. Outras marcas como a Volvo utilizam o BLIS, um sensor de ponto cego que acende caso um carro entre nessa zona de risco.
Mas e que não tem como utilizar um carro como esse, o que pode fazer? Há alguns cuidados que ajudam a evitar o ponto cego:
Antes de mais nada, o grande segredo para um ajuste mais preciso da posição dos retrovisores é primeiro encontrar a posição correta de dirigir. Manter uma distância correta do volante e do pedal, manter as pernas semiflexionadas e ajustar o encosto do banco para ficar bem apoiado são cruciais antes de mexer nos espelhos. Basta uma pequena mudança para o ajuste perder a exatidão.
O ajuste do espelho retrovisor em si precisa levar em conta um ampla campo de visão da via, mas também que seja possível divisar onde está a carroceria a fim de evitar uma falsa leitura. O ideal é que se enxergue o mínimo possível do próprio carro no reflexo a fim de potencializar seu campo de visão.
Para quem possui um veículo com espelho convexo, ou seja, que distorce a imagem porém amplia o campo de visão, vale treinar seus olhos para entender que a distância mostrada nele é maior do que a real. Basta comparar rapidamente com a visão do espelho interno. No convexo, embora os carros pareçam distantes eles se “movem” mais rápido. Há quem não goste deles, porém, mais vale enxergar um obstáculo nesses casos que tomar um belo susto. Enquanto os carros não se tornam autônomos vale mesmo é ser precavido.
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