Surgido entre o final da década de 1960 e início dos anos 1970, o Ford Escort foi fruto de uma necessidade de suprir o mercado britânico de automóveis até então preenchido pelo Anglia, precursor do famoso Modelo TV, carro-chefe da montadora.
Inicialmente, o projeto consistia em um veículo de linhas simples e arredondadas, faróis em formato circular (versão de entrada) e retangulares (versão luxo), acompanhados por uma grade estreita na região central do veículo.
Com motor disponível nas versões de 1.1 (45cv) e 1.3 litro (52 cv), o Ford Escort MK1 aliava desempenho satisfatório e economia de combustível, elementos que atendiam às necessidades dos motoristas da época. Tração nas rodas traseiras e câmbio manual de quatro marchas completavam a parte mecânica do veículo.
Ainda no início dos anos 1970 foi lançado, apenas na Europa, o Escort MK2. Diferentemente do seu antecessor, este carro da Ford vinha com maior espaço interno, melhor ergonomia, além de oferecer melhor visibilidade e comportamento dinâmico nos percursos.
O mercado brasileiro teve o prazer de receber o automóvel da Ford no início dos anos 1980, com o lançamento, em paralelo, da versão MK3 nos Estados Unidos. A potência podia ser conferida no velocímetro do veículo brasileiro que atingia 100 km/h em apenas 13.5 segundos, graças ao motor 1.6, que, infelizmente, era menos potente do que aquele presente no modelo norte-americano.
Rodas aro 14, faróis de milha e de neblina, além de aerofólio, bancos esportivos e o incrível teto solar faziam do veículo um sonho de consumo de muitos jovens na época.
Apenas no final da década de 1980 foi possível explorar todo o potencial do Ford Escort. Para conter as críticas em relação ao baixo desempenho do veículo, a montadora resolveu substituir o motor 1.6 por uma versão aprimorada com 2.0 litros. Na prática, a adição significou mais potência e torque, que eram percebidos tanto no tempo de resposta (10,45 segundos) quanto na velocidade atingida (172,8 km/h).
Se o novo XR3 agora se destacava pela performance, também fazia bonito no acabamento interno, bastante caprichado, além dos porta-malas e teto solar (disponível na versão XR3).
A chegada da terceira geração do Escort, no final da década de 1990, trouxe um veículo com motor Zetec 1.8 rendendo 115cv. Fabricado na Inglaterra, o carro vinha em duas versões: GL e GLX.
Mesmo apresentando uma nova versão do Escort, logo a Ford anunciaria o Focus, principal responsável por fazer com que o carro Escort saísse de linha no início dos anos 2000.
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