Julgar um veículo pelas suas dimensões é uma atitude esperada. Um modelo mais longo e mais largo tende a reproduzir isso no seu interior, embora isso não seja uma regra. Mas uma medida é sempre sinal de um melhor aproveitamento interno, a distância entre os eixos do automóvel.
O dado é obtido pela medição do eixo dianteiro ao traseiro e determina inclusive o tipo de carroceria que o carro em questão utiliza. Um hatchback, por exemplo, tem um entre eixos menor enquanto um sedã, perua ou picape, ele é maior. Quanto maior a distância mais espaço interno a montadora pode oferecer. A razão é que ela pode desenhar um assoalho maior e distribuir melhor o espaço longitudinal dos bancos dianteiro e traseiro.
Pegue-se o caso dos modelos March e Versa, da Nissan. Embora sejam “irmãos” de projeto e fabricação, eles oferecem um espaço no banco de trás muito diferente. O sedã é bem mais amplo para quem viaja no banco traseiro. No March a distância entre os eixos é de 2,45 metros enquanto no Versa ela é de 2,6 metros. Ou seja, nada menos que 15 centímetros extras.
Por outro lado, carros com entre eixos muito grande são menos ágeis em curvas, por isso vemos muito hatches esportivos mais compactos e largos. Peruas, por sua vez, esbanjam espaço entre os eixos assim como alguns SUVs. Não precisamos dizer que as limusines são os maiores exemplos de entre eixos imenso, mas aí de forma pouco eficiente. Mas não precisamos ir muito longe: há versões da picape F-150, da Ford, que têm entre eixos de quase 4 metros, praticamente o comprimento de um hatch como o HB20 ou Onix.
Comente