Você já ouviu falar do sistema de arrefecimento do seu veículo? É graças a ele que seu motor consegue funcionar na temperatura ideal. Pensando nisso, criamos um pequeno guia a respeito do sistema de arrefecimento, para te ajudar a entender ele melhor.
- O que é o sistema de arrefecimento?
Como dissemos anteriormente, o sistema é responsável por ajudar o carro a manter uma temperatura ideal de funcionamento – sempre na faixa dos 90º Celsius. Por conta da combustão – que gera energia e potência para o veículo – muito calor é gerado, e caso o sistema de arrefecimento esteja com problemas, ele pode subir a ponto de derreter alguns componentes do motor.
O sistema é composto por mangueiras, radiador, ventoinha, bomba d’água, vaso de expansão, válvula termostática e, no meio de tudo isso, um líquido composto 50% por água desmineralizada e 50% por aditivo a base de etileno glicol. A água desmineralizada pode ser comprada separada do aditivo – também há a opção de comprar a mistura pronta em centros especializados.
- Como ele funciona na prática?
A substância percorre a parte interna do motor, e sem entrar em contato com outras peças, chega até o radiador que resfria o sistema. Além de evitar danos ao motor, ao ajustar a temperatura ele também permite que se atinja a melhor condição de aproveitamento da queima do combustível. Tanto um motor “frio” quanto muito quente acaba prejudicando o consumo do veículo.
Todo esse processo é feito via mangueiras, e uma válvula termostática que bloqueia o líquido quando o motor esfria e o libera quando o motor ultrapassa de uma determinada temperatura. O líquido é colocado em movimento pelo sistema da bomba d’água.
Quando o carro está desligado, todo o líquido fica alojado no vaso de expansão (que é a peça plástica que você usa para checar se o nível do líquido está correto). A ventoinha também ajuda a retirar o calor do motor, direcionando ar para dentro do motor exatamente como um ventilador.
- Existe mais de um sistema de arrefecimento?
Sim. O sistema mais comum nos veículos é o sistema de arrefecimento de fluxo fechado. O outro sistema é feito pelo método de pressurização – que não deixa a água evaporar. Na década de 1980, o sistema mais comum era o sistema aberto de arrefecimento, mas ele exigia que o líquido fosse reposto com maior antecedência do que os modelos atuais.
- Qual é o período correto para se fazer a manutenção?
Cada veículo possui recomendações específicas, por isso é importante consultar o manual do proprietário para verificar qual é a frequência exata que a montadora estipula para a manutenção periódica dos componentes do seu veículo. Mas geralmente, o tempo médio em que o fluído deve ser trocado pode chegar até a dois anos.
Também vale a pena ficar atento às mangueiras do sistema, que podem ressecar e ficar danificadas. Sempre que isso acontecer, faça uma checagem de todo o sistema na oficina de sua confiança para verificar se mais algum componente pode ter sido danificado.
- Quais são os problemas mais frequentes?
Os problemas mais comuns e frequentes do sistema de arrefecimento, geralmente estão relacionados a peças como a bomba d’água que vaza, mangueira que não suporta a pressão correta e rasga, radiador que quebra quando há alguma colisão frontal e reservatório de expansão de plástico que racha. Desses, apenas o radiador pode ser reparado, as demais peças precisam ser trocadas.
- Quais cuidados devo tomar?
Sempre abasteça o sistema de arrefecimento do seu veículo com o líquido correto, que está descrito no manual do usuário. Nunca misture a água da torneira da sua casa, ou de garrafas com aditivos e coloque no sistema, isso pode danificar gravemente o sistema. O líquido correto altera o ponto de ebulição e congelamento da água, o que evita que a ela ferva ou congele. A composição também evita a oxidação das peças.
Também é essencial verificar o nível do líquido ao menos uma vez por semana. Mas nunca abra o vaso de expansão com o carro ligado ou logo depois que o motor parou de funcionar. Evite também abrir o reservatório – ele é transparente justamente para facilitar a checagem do nível. Se a água estiver baixa, ou seja, não estiver no nível máximo com o motor frio (o que fica indicado com uma marcação na própria peça), leve o veículo na oficina de sua confiança.
- E quais sinais o sistema demonstra, quando está com problemas?
Geralmente se o sistema de arrefecimento apresentar algum tipo de problema enquanto você estiver dirigindo, o marcador de temperatura no painel de instrumentos se ascende e te informa que a temperatura está mais alta do que o normal.
Caso você consiga escutar a ventoinha do carro ligando com muita frequência por muito tempo, também pode ser um sintoma de problema. Caso o sistema pare de funcionar e o motor superaqueça, a primeira parte a “derreter” é a junta do cabeçote, que liga o cabeçote ao motor.
O cabeçote é a parte superior do motor, que fecha os cilindros e forma parte da câmara de combustão. Por lá, são feitos os processos de admissão e escape de gases e combustível. Feita de material sintético, a peça pode custar cerca de R$ 2.500 – para um carro popular a R$ 10 mil, no caso de um modelo importado.
** Assim como qualquer outra parte do automóvel, a suspensão deve receber manutenção periódica de acordo com as instruções do manual do proprietário. Procure sempre por peças originais e leve seu veículo em centros especializados para a manutenção preventiva. **
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