Todo mundo conhece a expressão “a ovelha negra da família” que geralmente é atribuída aquele parente que não condiz exatamente com as expectativas de seus familiares, ou faz algo fora dos padrões estabelecidos. Pensando nisso, vasculhamos o mundo automotivo para encontrar algumas “ovelhas negras” que fogem totalmente à regra de suas montadoras. Confira:
Aston Martin Cygnet
Geralmente ao se pensar em modelos da Aston Martin você imagina carros grandes, com motores V8, e design esportivo. Mas em meados de 2011, a Aston Martin se juntou à Toyota, pegou emprestado o pequenino iQ e o transformou no Cygnet.
A ideia por trás do Aston Martin Cygnet era ter um veículo compacto, e que atendesse as normas mais rígidas de emissão de poluentes. Mas seu alto preço, e o motor fraco – 1.3 de 87 cv – fizeram que o projeto fosse abortado em 2013.
RAM 700 / RAM 1000
Depois que a Fiat comprou o grupo Chrysler, algumas marcas passaram a vender produtos da marca italiana com os logotipos trocados, para poderem entrar em segmentos que antes não tinham produtos. No caso da RAM – conhecida por suas picapes grandes e médias – dois produtos novos deram o que falar.
O primeiro deles, foi a RAM 700 que é vendida no México desde 2014, e nada mais é do que uma Fiat Strada nas versões Adventure e Cabine Dupla Trekking. Ao invés de motores V6 ou V8, a RAM 700 usa o motor 1.6 de 115, e ostenta o logo do carneiro montanhês.
Já o outro caso é mais recente e fica a cargo da RAM 1000, que nada mais é do que uma Fiat Toro com os logotipos novos. O motor é o 1.8 – movido apenas a gasolina – com 132 cv e o nome faz uma referência ao peso de carga suportado na caçamba – cerca de 700 kg na Strada e 1000 kg na Toro.
Lamborghini LM002
Muitos anos antes de a Lamborghini criar o SUV Urus, ela já imaginava como seria ter um SUV para chamar de seu. O modelo em questão é o LM002, de 1986 que usava um motor V12 do esportivo Countach.
O visual era bem característico dos utilitários esportivos, como o Hummer H2 – com design bem quadrado e aspecto bem invocado. A ideia da Lamborghini era ter um modelo que pudesse ser utilizado pelo exército italiano, mas apenas 300 unidades foram feitas.
Porsche 914
Todo mundo sabe – ou pelo menos já ouviu falar – que o Volkswagen Fusca e o Porsche 911 têm a mesma concepção, mas um legítimo Porsche usar peças Volkswagen só aconteceu uma vez, em 1969. Nesse ano, a Volks precisava substituir o clássico Karmann-Ghia, e a Porsche o 912.
Foi assim que nasceu o Porsche 914 – que utilizava motores 1.7 de quatro cilindros e um 2.0 de seis cilindros. Para baratear o custo, a Porsche utilizava muitas peças da Volks no projeto, o que não justificava o preço de US$ 6.100 dólares. Em resumo, o projeto durou muito menos do que o previsto.
Alfa Romeo 1900M
Geralmente, os modelos da Alfa Romeo têm mais a ver com o design e paixão do que utilidade no campo e na estrada. Mas isso foi ignorado em 1952, quando a marca italiana fez para o Ministério da Defesa Italiana o jipe 1900M – Matta – como também era conhecido.
O jipe com alma italiana tinha motor 1.9 e câmbio de 4 marchas com reduzida. Pouco se sabe que fim levou o jipe da Alfa, mas o projeto durou até meados de 1954.
Peugeot 907
Você já imaginou um Peugeot com um enorme motor V12 de 500 cv? Bom isso realmente aconteceu no Salão de Paris em 2004. O modelo em questão é o Peugeot 907 que nasceu para comemorar os 40 anos do fim do centro de design da marca francesa em La Garenne, e a inauguração do novo centro de design em Vélizy.
O conceito tinha um aspecto de Mercedes-Benz SLS AMG com um capô longo e um sorriso típico dos Peugeot – antes da chegada do novo 208. Com esse enorme motor V12 de 6.0 litros, o Peugeot 907 fazia o 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e atingia a velocidade máxima de 360 km/h.
Pontiac Fiero
A Pontiac, assim como as demais marcas da General Motors – como Cadillac, Chevrolet e Oldsmobile – eram conhecidas nos anos 1980 por terem modelos de dimensões generosas e enormes motores V8.
Mas isso mudou com a chegada do Pontiac Fiero, que era um cupê de dimensões bem minguadas, e ainda trazia como diferencial motor central bem simples. Entre as opções, a Pontiac oferecia o 2.5 litros de 92 cv e o 2.8 V6 de 140 cv. Foi mal de vendas e durou apenas 5 anos no mercado.
Ferrari Dino
Diferentemente dos demais modelos da Ferrari, a Dino foi o primeiro modelo a não ter um enorme motor V12. O nome foi dado como uma homenagem ao filho de Enzo Ferrari – Alfredino – e que era feito pelo renomado estúdio Pininfarina.
A Ferrari Dino era vendida nas versões com motor V6 ou V8, e por não atender o “padrão Ferrari” não ostentava o cavalinho rampante na dianteira. Ao menos pode-se dizer que foi um dos seus mais belos esportivos.
Cadillac Cimarron
Como já falamos antes, assim como a Pontiac e Chevrolet, a Cadillac eram famosas por seus modelos enormes e motores V8. Mas por conta da crise do petróleo em 1980, a marca tradicional norte americana precisou de um novo modelo para se manter na ativa.
A solução foi pegar o Chevrolet Monza, trocar algumas peças e logotipos, para assim nascer o Cadillac Cimarron. Ele até tinha um motor V6, mas o fato de ser muito menor do que um verdadeiro Cadillac, já o fez morrer muito antes do previsto pela marca.
Volkswagen Phaeton
Desde que o Fusca foi apresentado, a Volkswagen sempre teve o estigma que seria apenas uma marca de carros populares. Para tentar afastar esse preconceito, a Volks apresentou em 2002 o sedã de luxo Phaeton, que mirava em modelos como os Mercedes-Benz, Audi e BMW.
Mesmo que o sedã tivesse um enorme e poderoso motor W12, e mais espaço do que um BMW Série 7, isso ainda não era o “suficiente” para os europeus trocarem as marcas tradicionais por um mero Volkswagen. E o Phaeton desapareceu sem deixar saudades.
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