Embora tenha surgido no exterior em 1979, o Jetta só chegou ao Brasil na 4ª geração, aqui chamada de Bora. O ano era 1999 e a Volkswagen acabara de passar a produzir o Golf IV por aqui. Só que o sedã vinha do México, com exceção de um breve período em que chegou a ser montado em nosso país.
Em 2005, a marca alemã fez algo curioso: passou a importar a 5ª geração, desta vez batizado de Jetta, mas manteve o Bora no mercado. Os dois conviveram por um bom tempo até que em 2011 a Volks introduziu aqui o Jetta de 6ª geração. Mais uma vez, o sedã levou vantagem em relação ao hatch: enquanto os proprietários do Golf só tinham como opção o modelo de 1999 apenas remodelado em 2007 os donos do sedã podiam comprar um carro mais avançado e espaçoso.
Essa situação se inverteu em 2014 quando a Volkswagen passou a importar o Golf VII para o Brasil. Um dos primeiros veículos a usar a plataforam MQB, o Golf passou a ser muito mais moderno que o Jetta. Parecia que o sedã logo seguiria esse caminho, porém, apenas agora, em 2018, a montadora lançou a 7ª geração, oito anos depois. É um tempo muito longo para um segmento em que as mudanças ocorrem com maior velocidade. Veja o caso dos líderes Corolla e Civic que demoram no máximo seis anos para mudar de geração.
Ao menos o novo Jetta parece ter dado um enorme salto à frente agora. Ele está maior em todas as dimensões – só o entreeixos pulou para 2,688 m, utiliza o motor 1.4 TSI com 150 cv de potência e mais de 25 kgfm de torque e foi construído sobre a plataforma MQB, a mesma do Golf, o que é um sintoma de qualidade. A transmissão é automática de 6 velocidades, ou seja, nada de câmbio de dupla embreagem.
Assim como a geração anterior, ele é produzido no México, país que tem acordo de importação com o Brasil. Mas nem por isso custará pouco: a versão de entrada, Comfortline 250 TSI, sai por nada menos que R$ 109.990 e a a R-Line 250 TSI, por R$ 119.990.
Ou seja, o Jetta focou onde há maior demanda hoje, ignorando opções realmente de entrada. É só ver que o Corolla, o mais vendido do mercado, começa em R$ 91 mil na versão GLi mas sai por R$ 105,9 mil na versão XEi, a mais popular. Não vai certamente liderar por conta da logística e também da tradição dos japoneses, que controlam essa categoria, mas quem preferir o Volks terá um carro bastante moderno.
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