Em pleno calorão do verão, descobrir que o ar-condicionado do seu carro não está funcionando é um péssimo sinal. Começa de forma muito rápida quando você percebe que aquele frescor nunca chega. Em vez disso, um fluxo apenas fresco sai dos difusores do painel. Não demora e só um bafo quente começa a circular pelo interior do veículo.
É, meu amigo, você acaba de descobrir que o sistema de ar-condicionado está com vazamento. E nem precisa ser muito grande, apenas o suficiente para que o gás do ar-condicionado vá embora.
Para entender melhor o que ocorre, é importante saber que o ar-condicionado é um recurso semelhante ao de um refrigerador da cozinha. Inserido em forma de gás, esse fluído circula por um sistema movimentado por um compressor que o leva até o condensador, instalado junto com o radiador na frente do veículo. Quando comprimido pelo compressor, o gás tem sua temperatura elevada, mas ao chegar ao condensador ela é reduzida e o fluído se transforma em líquido.
Após passar por um filtro para retirar impurezas e umidade e então ela chega à válvula de expansão onde ele é resfriado e transformado num vapor gelado. Esse “vapor” circula por tubulações tortuosas de alumínio que estão no caminho da ventilação do veículo. Quando o ar quente do exterior ou do cockpit entra em contato com elas há uma troca de calor: enquanto o ar ventilado resfria o “vapor” esquenta e se transforma em gás, reiniciando o processo no compressor.
Ou seja, é um sistema fechado que não pode ser danificado. Mas é, dependendo de várias situações. Por isso, caso perceba esse vazamento, lojas especializadas irão tentar descobrir o local de vazamento com uso de recursos como um gás com contraste. Qualquer parte exposta pode ser danificada como o próprio condensador, que fica bem à frente e sujeito a danos.
Dependendo do estrago, o custo pode ser caro. Alguns desses componentes podem pesar no bolso, mas impossível viver sem ar-condicionado num país tropical, não é mesmo?
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