Geralmente, uma boa ideia na indústria automobilística é copiada por outras marcas tempos depois. Um bom exemplo é o motor turbo com injeção direta que o grupo Volkswagen investiu no início e que hoje é replicado em várias outras montadoras. Mas nem sempre é assim. Algumas ideias acabam tão associadas a uma empresa que viram uma marca registrada – embora há quem as copie assim mesmo.
A Porsche é uma delas. A famosa marca de esportivos alemã tem uma regra: a partida dos seus carros sempre se dá do lado esquerdo do motorista no painel próximo à porta. Se é mais prático ou não ninguém afirma, mas trata-se de uma herança das competições. Diz-se que há muitos anos as largadas de corridas eram feitas com os pilotos fora dos carros. Eles tinham que se deslocar até os veículos e então partir, algo hoje totalmente impraticável. Pois ter a ignição do lado esquerdo dava ao piloto dos Porsches alguns segundos de vantagem já que ele enxergava a chave assim que abria o veículo.
Para não dizer ser exclusiva da Porsche, a chave do lado esquerdo também equipou carros da Lada, marca russa que teve uma aventura mal sucedida no Brasil nos anos 90.
Ainda na Alemanha, outra montadora que não abre mão de uma característica em seus modelos é a BMW. A marca da Bavária tem uma fixação em equipar seus carros com paineis de instrumentos (cluster) pequenos e analógicos. Nem mesmo a adoção de telas digitais em seus rivais motivou mudanças drásticas embora ela já tenha flertado com a tecnologia.
Há ideias, no entanto, que foram criadas por determinada marca mas acabam adotadas por outros fabricantes e tornam-se padrão nesses últimos. É o caso do motor Boxer, de cilindros contrapostos. A Volkswagen adotou essa arquitetura no Fusca e seus derivados, algo que a Porsche manteve em seus primeiros esportivos. Mas hoje é a japonesa Subaru que adora a configuração.
E já que continuamos falando dos alemães vale lembrar que a Mercedes-Benz também tem sua “mania”, colocar os botões de ajustes elétricos dos bancos nas portas. Em formato semelhante ao assento eles são fáceis de manusear, mas a ideia não teve muita aceitação em outras marcas, com exceção de algumas asiáticas.
A aristocrática Rolls Royce é outra que se agarra às tradições, embora tenha lançado um SUV recentemente. Marca mais luxuosa do mundo, ela insiste na abertura “suicida” das portas traseiras mesmo nos projetos mais novos. Embora raro, esse tipo de porta facilitaria o acesso de bilionários e a realeza, a contrário dos mecanismos convencionais.
E você, conhece alguma mania que não citamos?
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