Curiosidades

Grade, a “digital” dos automóveis

Rolls Royce Phantom

Existem vários elementos de um carro que nos ajudam a identificar e, claro, a se apaixonar por eles, o grande objetivo das marcas. Cada uma tenta enfatizar seu estilo por meio de soluções estéticas atraentes e que “falam” com nosso cérebro. Entre os principais aspectos que enfatizam isso estão os faróis, o perfil da carroceria e a logomarca, obviamente. Mas é a grade dianteira que faz hoje o grande papel de “digital”do automóvel.

Entrada de ar necessária para refrigerar o motor e o sistema de circulação de ar interna, a grade tornou-se a cartão de visita das marcas e encontrar um estilo que passe essa mensagem é um objetivo primordial de qualquer designer.

E não é uma tarefa fácil, isso porque carros envelhecem e com eles a imagem da marca. Por essa razão é preciso rejuvenescer o estilo mas sem perder contato com o passado (quando ele é positivo). Pegue-se o exemplo da BMW e seu famoso “duplo rim”, a grade dividida em dois elementos. A solução acompanha os carros da marca alemã há décadas e é ponto-chave em seu design – tudo pode mudar menos ela.

BMW com grade única parece um carro qualquer

Agora veja como seria um carro da marca sem o “duplo rim” (acima). Sabemos que é um BMW pelas demais características, mas o carro soa como uma cópia chinesa, por exemplo.

Se no caso alemão é difícil se desconectar do passado para a Hyundai isso não é um grande problema. A marca sul-coreana geralmente rompe com quase tudo que fez de tempos em tempos, numa estratégia mais agressiva de surpreender o cliente. Compare abaixo o ix35 (esquerda) com seu novo SUV, o Kona. A solução é bastante diferente entre eles embora a Hyundai tenha preservado o formato em diamante da grade.

O ix35 vs o Kona: quase tudo diferente

Mas há até quem abra mão de uma aerodinâmica mais apurada em favor da sua imagem cristalizada, como é o caso da emblemática Rolls Royce. A marca britânica preserva sua imensa e retangular grade com frisos verticais prateados e a moldura que envolve o logo e que serve de base para a “flying lady” (mulher voando) que tanto a identifica em qualquer lugar do mundo. Afinal de contas, as digitais são inconfundíveis.