Curiosidades

Os letreiros dos automóveis e suas mensagens

Letreiros dos carros

Se carro tivesse um outdoor ele seria a tampa do porta-malas. Que lugar outros motoristas mais observam no trânsito que a traseira do veículo da frente? Como não é possível veicular publicidade em automóveis particulares resta às montadoras usar esse espaço para passar a mensagem a outros possíveis clientes. Em outras palavras é nos letreiros dos carros que sabemos de qual modelo se trata, versão, motor ou outro dado importante.

E o curioso nisso tudo é notar como as “mensagens” mudaram com o tempo. Por exemplo, um Fusca na década de 70 vinha grafado não só com seu nome mas também o volume dos cilindros: “1600, 1500, 1300L”. Mais tarde as marcas decidiram encurtar esse dado ao usar o ponto, formato que persiste até hoje. No entanto, até mesmo essas informação acabou suprimida após a má fama que motores 1.0 passaram a ter. Informar que o carro era ‘popular’ passou a ser um pecado e isso desapareceu.

Antes disso, no entanto, vieram as grifes de tecnologia. Os mais antigos lembrarão dos primeiros motores com injeção eletrônica no lugar de carburador. Foi a época das siglas E.F.I e da versão GTI do Gol – “I” de injeção. A Chevrolet também vendia o Monza e outros carros com o sobrenome “M.P.F.I” para designar a injeção multiponto. Com a padronização da tecnologia, dizer isso passou a ser desnecessário.

Também tivemos a época das versões para facilitar a identificação ainda mais num período em que o mercado estava fechado e as diferenças eram pequenas. A Volkswagen estampava o CL, GL, GLS, GTS na carroceria do Gol e Voyage, por exemplo. A Fiat usava o S, CS, CSL, entre outros. Essa nomenclatura persiste, porém, já não é muito comum ser exibida no carro.

Talvez uma das mais discretas e curiosas informações vistas nos letreiros dos carros no Brasil tenha sido a adotada pela Honda na primeira geração do Fit. Na época, a marca equipou o modelo com dois motores, um 1.4 e outro 1.5 para versões mais caras. Para diferenciá-las a sacada foi mudar a cor do pingo do “i”: vermelho era 1.4, azul, 1.5. Mais tarde, com a padronização do motor 1.5 isso passou a ser desnecessário.

Para algumas marcas é melhor que o público não identifique claramente qual versão para não desvalorizá-la. A ideia é que você tenha a mesma receptividade se está a bordo de uma versão básica ou de luxo.

 

O Fit e seu pingo azul ou vermelho (Divulgação)

 

 

Sobre o autor

Joquinha

Joquinha

Comente

Clique aqui para comentar