Um dos sedãs mais importantes da história da Toyota, o Corolla já passou dos 50 anos de vida, tem 12 gerações e cerca de 40 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento em 1966 no Japão, onde deu-se o início da história desse samurai que há décadas vem ganhando tecnologias e marcando presença com seus atributos incontestáveis, de carro resistente e robusto, sem abrir mão do conforto e sofisticação.
As primeiras seis gerações do Corolla passaram longe do Brasil mesmo com a presença da Toyota por aqui há tempos fabricando o Bandeirante. Mas a situação mudaria em 1994 quando a montadora decidiu importar a sétima geração do seu sedã de sucesso. Isso só foi possível a partir do momento em que o país abriu suas importações permitindo que várias marcas então ausentes como as japonesas pudessem importar seus modelos e criar raízes por aqui.
A sétima geração foi introduzida na carroceria sedã e ostentava um visual moderno para a época com faróis retilíneos e carroceria mais arredondada, como era de costume nos modelos vendidos nos anos 1990. O nosso primeiro Corolla tinha 4,27 metros de comprimento e 2,46 metros de entre eixos. As opções de motores incluíam o 1.6 nas versões DX e o 1.8 de 117 cavalos na versão LE. O modelo ainda podia contar com câmbio automático, de quatro velocidades, então algo raro nos carros vendidos aqui.
Depois da abertura do mercado nacional, a Toyota decidiu se instalar no interior de São Paulo – na cidade de Indaiatuba – para poder começar a produzir localmente a oitava geração do Corolla, a segunda a ser lançada no país. Agora o sedã apostava num visual mais classudo e elegante, com linhas retas e considerada por muitos, formal demais.
As primeiras versões vendidas por aqui possuíam até bolsas de ar infláveis frontais nas versões intermediárias XEi e de série no topo de linha SE-G. Havia ainda a versão de entrada XLi, que era menos equipada, mas ainda continuava entregando a mesma qualidade de construção das demais versões. Nesta geração, a Toyota apostava no motor 1.8, que rendia bons 116 cavalos e ainda podia ser associado ao câmbio automático de 4 velocidades.
Mas foi em 2002 que a Toyota, enfim, conquistou o brasileiro com o Corolla. A marca apostou em um visual mais moderno e no garoto propaganda que chegou a virar apelido da geração – estamos falando do ator americano Brad Pitt. A nona geração estava ligeiramente maior que a anterior, e começou a criar família, com a vinda da saudosa perua Fielder. Agora a versão de entrada XLi tinha motor 1.6 16V com 110 cavalos, enquanto que as versões XEi e SE-G ganhavam o novo motor 1.8 16V de 136 cavalos e 17,5 kgfm de torque.
Líder entre os sedãs
Tendo conquistado a liderança da categoria pela primeira vez, a Toyota então preparou a décima geração, que foi apresentada em 2008 e se inspirava no irmão maior Camry, para deixar o design pacato do Corolla, um pouco mais chamativo. Agora os faróis estavam maiores e ganhavam um degrau no desenho. As motorizações mudavam mais uma vez e a versão de entrada recebia o motor 1.8 de 136 cavalos, enquanto que as demais versões contavam com o novo 2.0 16v de 153 cavalos.
O modelo suou mas tirou a liderança do New Civic, a resposta ousada da Honda, mas logo deu lugar ao seu sucessor. A terceira geração do Corolla nacional – 11ª primeira no mundo – agora ostentava um visual mais agressivo, que fora inspirado no conceito Corolla Furia que tinha sido apresentado durante o Salão do Automóvel de Detroit.
Por aqui, essa geração chegou em 2014 e apostava numa nova plataforma, que deixava o sedã mais espaçoso. Agora os faróis tinham um visual mais dinâmico, e se interligavam com a grade. As motorizações se mantiveram, mas tiveram pequenos ajustes por conta de novas políticas de emissão de poluentes. Em 2017 o sedã ganhou um facelift que o deixou com um ar mais jovial, enquanto aguarda a próxima geração que já foi mostrada no exterior.
Novo Corolla a caminho
Para a 12ª geração – 4ª por aqui – o sedã promete se reinventar. A Toyota aposta pesado na nova geração e prepara novas tecnologias como a propulsão híbrida que veio emprestada do irmão Prius, com quem divide plataforma. O novo sedã traz um visual mais agressivo e dinâmico para quebrar a o estigma de marca careta.
O modelo já foi apresentado na Europa, China e Estados Unidos, e começará a ser fabricado aqui no segundo semestre e lançado já como linha 2020. Esta geração será a primeira a usar o sistema híbrido no país em conjunto com o sistema flexível, o que lhe garantirá potência e economia de combustível melhor que os rivais. Agora basta esperar pela nova geração desse ilustre samurai.
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