Um dos temas mais levantados ultimamente pelos fabricantes de automóveis é sobre o futuro “verde” de seus modelos. Mas você sabe o que isso quer dizer? Basicamente significa que num futuro não tão distante, carros movidos a combustão terão sua morte decretada e que carros com propulsores elétricos ou híbridos serão a bola da vez – hoje eles ainda são raridade mesmo no exterior.
Conheça agora as principais diferenças e quais são os modelos à venda por aqui que atendem esses requisitos.
Motores à combustão:
Estão presentes na maior parte dos veículos produzidos mundialmente e significa que seus motores trabalham com a queima de combustível fóssil – gasolina e diesel – e vegetal – etanol. Sua queima resulta em energia para movimentar os motores, porém, geram poluentes como o CO2 – gás carbônico – que acaba por destruir a camada de ozônio que nos protege contra os raios UV e garante uma temperatura ideal no planeta.
Atualmente esses motores contam com sistemas modernos que emitem cada vez menos poluentes na atmosfera, garantindo que a camada de ozônio não seja tão afetada assim. Alguns modelos ainda funcionam com sistema flexível que permite rodar em qualquer proporção de combustível, como grande parte dos modelos a venda no país por exemplo.
Já os modelos movidos a diesel são utilizado sobretudo na Europa, mas também na América Latina. Aqui, no entanto, eles são reservados apenas às picapes e utilitários esportivos de grande porte. Eles funcionam de forma semelhante aos motores a gasolina, mas geram mais torque em baixas rotações. Já foram mais poluentes, no entanto, as exigências dos governos têm crescido e esses propulsores passaram a ser menos poluentes. Ainda assim, eles estão perdendo espaço na Europa.
Híbridos:
São modelos que utilizam eletricidade em boa parte dos trechos percorridos, mas dependem de um motor a combustão para recarregar as baterias ou complementar a propulsão em determinados regimes. Eles são divididos em 3 categorias de híbridos:
- híbrido-paralelo;
- híbrido-série;
- híbrido-misto.
Os híbridos-paralelos usam o motor elétrico para auxiliar o modelo à combustão. Já nos híbridos-série acontece o contrário. O motor a explosão funciona como um gerador que carrega as baterias do automóvel, que, por sua vez, alimentam o propulsor movido à eletricidade.
Nos híbridos-mistos, os dois motores movimentam o veículo. Em baixas velocidades, o responsável por isso é o motor elétrico. A versão a combustão gera energia para recarregar as baterias — junto com o sistema de frenagem. Quando a velocidade aumenta, o propulsor a explosão assume. Os modelos mais famosos tanto no mercado internacional quanto no nacional são o Ford Fusion Hybrid e o Toyota Prius que em breve vai ganhar a companhia do Corolla, numa versão híbrida flex.
Elétricos:
São movidos 100% por baterias de íons de lítio que geralmente são montadas na base da plataforma, e garantem zero emissão de poluentes e autonomia de percurso de até 400 km em alguns carros. Já existem alguns modelos que vão começar a ser vendidos no Brasil a partir de 2019 nessa categoria como o Chevrolet Bolt, que tem preço fixo de R$ 175 mil, e utiliza um motor elétrico que gera 204 cavalos de potência e 36,8 kgfm de torque e tem autonomia de 380 km por carga.
Outro automóvel elétrico a ser comercializado por aqui, é o Renault Zoe que tem preço de R$ 149.990 e um motor elétrico que gera 92 cavalos e 22,4 kgfm de torque e possui autonomia de 300 km por carga. Por fim, o carro elétrico mais vendido na Europa e Estados Unidos, o Nissan Leaf, que tem motor elétrico que gera 149 cavalos e 32,6 kgfm de torque e possui autonomia de 243 km por carga.
No mercado internacional ainda podemos encontrar outros automóveis como o Tesla Model S, 3 e X, versões elétricas de modelos consagrados como o Volkswagen E-Golf, e até mesmo SUVs como o Audi e-Tron, Mercedes-Benz EQC e o Jaguar I-Pace. Por aqui não temos muitas opções, por conta do alto custo, e poucas cidades com sistemas de recarga para modelos 100% elétricos.
Custo Brasil
No Brasil ainda não existem tantos incentivos ao carro elétrico, como no estado da Califórnia (EUA), que dá subsídios para quem deseja comprar um carro híbrido ou elétrico, ou com grande oferta de modelos como na Europa, onde até carros compactos vão começar em breve a oferecer versões 100% elétricas, como é o caso do novo Renault Clio, Peugeot 208 e Opel Corsa.
Por aqui temos o Rota 2030, um programa que visa diminuir os custos para produção desse tipo de tecnologia e aumentar as importações de modelos híbridos e elétricos, até que seja possível fabricar por aqui modelos com preços competitivos e oferecer uma gama maior de opções para os motoristas. Mas até que essa lei entre em vigor e tanto o governo, quanto as montadoras invistam mais nesse segmento, o jeito é pagar caro pelas opções a venda para ajudar o meio ambiente.
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